Fiel é a palavra: se alguém deseja o episcopado, excelente obra almeja. É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, moderado, sensato, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, nem violento, porém cordial, inimigo de conflitos, não avarento; e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito. Pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus? Que o bispo não seja recém-convertido, para não acontecer que fique cheio de orgulho e incorra na condenação do diabo. É necessário, também, que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair na desonra e no laço do diabo. (1Tm 3.1-7)
Como notamos, qualquer homem cristão deve portar estas qualificações comportamentais, para aspirar o cargo de presbítero na Igreja de Cristo. Tal pessoa deve ser vivida e experimentada. Não importa sua condição cultural, social ou financeira. Deve ser um homem cuja vida é comprometida com o Senhor e com Sua Palavra. Seu expediente será pastorear o rebanho de Deus sob o aspecto espiritual, administrativo e disciplinar. Todos deverão vê-lo como exemplo de fé e vida cristã. Ao mesmo tempo, deverão honrar e obedecer este homem enquanto ele for fiel às Escrituras. Ele não terá a palavra final e sim o Conselho da Igreja, no qual terá assento e voto. Quem busca o presbiterato, busca uma obra excelente!
Do mesmo modo, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não gananciosos, conservando o mistério da fé com a consciência limpa. Também estes devem ser primeiramente experimentados; e, caso se mostrem irrepreensíveis, que exerçam o diaconato. Do mesmo modo, quanto a mulheres, é necessário que elas sejam respeitáveis, não maldizentes, moderadas e fiéis em tudo. O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem os seus filhos e a própria casa. Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançarão para si mesmos uma posição de honra e muita ousadia na fé em Cristo Jesus. (1Tm 3.8-13)
Se o perfil de um candidato a presbítero demanda seu comprometimento moral e espiritual com a Palavra, o perfil de um candidato a diácono demanda basicamente o mesmo comportamento. Precisa ser experimentado e confiável, porque será destinado ao cuidado social dos crentes, atentando para a promoção da caridade, o zelo e a boa ordem nas reuniões e cultos do povo de Deus no templo. Assim, será sensível para com as necessidades dos menos privilegiados e direcionará recursos essenciais para seu cuidado e sobrevivência.
Ao olharmos para as Escrituras, constatamos que presbíteros e diáconos foram substituindo os apóstolos na liderança das igrejas, à medida que eram executados ou faleciam. Outrossim, sendo o Evangelho pregado em todo o mundo conhecido e, assim, muitas igrejas locais surgissem, tornou-se impossível que a liderança apostólica fosse suficiente para supervisionar o rebanho de Cristo.
Em nosso tempo, são estes irmãos que se incumbem de nortear a Igreja do Senhor. A responsabilidade de cada um, e de todos eles, é muito grande. Tão grande quanto a deles, a nossa responsabilidade é escolher nossos candidatos com a ajuda do Senhor. Depois de eleitos, ordenados e ou investidos, lembremos da recomendação do escritor aos hebreus: Obedeçam aos seus líderes e sejam submissos a eles, pois zelam pela alma de vocês, como quem deve prestar contas. Que eles possam fazer isto com alegria e não gemendo; do contrário, isso não trará proveito nenhum para vocês. (Hb 13:17).
Por: Rev. Wilson do Amaral Filho