Conselho prático sobre juramentos

Acima de tudo, meus irmãos, não jurem nem pelo céu, nem pela terra, nem por outra coisa qualquer, mas que o “sim” de vocês seja “sim”, e que o “não” de vocês seja “não”, para que vocês não incorram em condenação. Tiago 5:12

Jurar significa “fazer uma afirmação ou promessa solene, invocando por testemunha alguma coisa ou entidade tida como sagrada” (Michaelis). Ao invocar uma testemunha para assegurar o que afirmamos ou prometemos, queremos que nossa afirmação seja validada pelos outros.

Quando prestamos serviço à pátria, juramos fidelidade. Quando comparecemos ao tribunal para testemunhar, juramos veracidade quanto aos fatos que testemunhamos. Fora disso, nossos principais motivos para jurar são muito poucos e devemos ser bastante criteriosos quanto ao seu uso.

Vamos pensar um pouco. Quando precisamos empenhar nossa palavra e invocamos os céus ou a terra por testemunha, ou ainda alguma pessoa canonizada pela religião, para ratificar nossa afirmação, na verdade estamos deificando alguém ou alguma coisa. Mesmo que juremos pelo próprio Senhor, estamos dizendo que a nossa palavra não vale o que deveria valer. E há ainda mais. Tiago nos diz que incorremos em condenação.

Jesus tratou deste assunto de maneira explícita e didática. Disse: Vocês também ouviram o que foi dito a seus antepassados: “Não quebre seus juramentos; cumpra os juramentos que fizer ao Senhor”. Eu, porém, lhes digo que não façam juramento algum. Não digam: ‘Juro pelo céu’, pois o céu é o trono de Deus. Também não digam: ‘Juro pela terra’, pois a terra é onde ele descansa os pés. E não digam: ‘Juro por Jerusalém’, pois Jerusalém é a cidade do grande Rei. Nem sequer digam: ‘Juro pela minha cabeça’, pois vocês não podem tornar branco ou preto um fio de cabelo sequer. Quando disserem ‘sim’, seja de fato sim. Quando disserem ‘não’, seja de fato não. Qualquer coisa além disso vem do maligno. (Mateus 5:33-37 NVT)

Façamos esforço para não jurar, porque aquilo que invocamos como testemunha não é de nossa propriedade e nosso domínio. Entendamos que banalizar a seriedade do juramento e utilizá-lo como parte do nosso modo de expressão é dar lugar ao maligno e, assim, sermos condenados com o mundo.

Há o caso de juramentos e votos feitos a Deus. Ambas as palavras exprimem promessas solenes diante do Senhor. O autor de Eclesiastes nos exorta: Quando você entrar na casa de Deus, tome cuidado com o que faz e ouça com atenção. Age mal quem apresenta ofertas a Deus sem pensar. Não se precipite em fazer promessas nem em apresentar suas questões a Deus. Afinal, Deus está nos céus, e você, na terra; portanto, fale pouco. Do excesso de trabalho vem o sonho agitado; do excesso de palavras vêm as promessas do tolo. Quando fizer uma promessa a Deus, não demore a cumpri-la, pois ele não se agrada dos tolos. Cumpra todas as promessas que fizer. É melhor não dizer nada que fazer uma promessa e não cumprir. Não permita que sua boca o leve a pecar. E não se defenda dizendo ao mensageiro do templo que a promessa foi um engano. Isso deixaria Deus irado, e ele poderia destruir tudo que você conquistou. Eclesiastes 5:1-6

Foto: Freepik

Por: Rev. Wilson do Amaral Filho

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